quinta-feira, 20 de agosto de 2009

No Paulista B, que disputa a Copa Paulista de Futebol, “filho de peixe, peixinho é”

O Paulista, da cidade de Jundiaí, vem atuando com duas equipes distintas no segundo semestre deste ano. A considerada principal disputa a segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro. No primeiro jogo decisivo contra o Macaé-RJ, em casa, aconteceu o empate sem gols. Agora, no segundo duelo, no Rio, quem vencer carimba o passaporte para a terceira fase. O treinador é Armando Bracali.

Já a segunda equipe, o chamado Paulista B, vem disputando a Copa Paulista com os garotos e está sendo comandada por Aarão Alves. Ao término do primeiro turno da primeira fase, o popular Galinho é o vice-líder, com 12 pontos em sete rodadas, com três vitórias, três empates e apenas uma derrota, e está atrás apenas do forte Atlético Sorocaba.

E a matéria muito interessante do Paulista, que gostaria dividir com os internautas que acompanham o “Blog do Futebol Caipira”, foi escrita pelo amigo Fabio Manzini, no Jornal de Jundiaí. Confiram abaixo:

O ditado popular ‘filho de peixe, peixinho é’ se encaixa perfeitamente no estádio Jayme Cintra. A equipe do Paulista, que disputa a Copa Paulista, tem três filhos de ex-jogadores que fizeram sucesso no passado.

O técnico Aarão Alves é filho do ex-ponta-direita do Santos da década de 60, Manoel Maria. O lateral-direito Josimar Junior tem como pai o lateral que disputou a Copa de 1986 e fez história no Botafogo. O volante Bruno Martins tem como pai o ex-volante do Santos e Palmeiras, Lino.

No Paulista, o trio procura trabalhar e alcançar sucesso sem carregar a ’sombra’ dos pais famosos. “Eu tentei ser jogador e sempre falavam que seu eu jogasse 1% do que meu pai jogou, eu ia ser craque. Para mim isto era um fardo que levava. Por ser novo e depois que vi que as coisas não aconteceram como eu imaginava no Santos, eu resolvi parar aos 25 anos. Fui estudar, me formei em educação física e hoje sigo a carreira de treinador. Espero realizar um grande trabalho aqui, porque o Paulista é uma vitrine”, disse Aarão.

O treinador confessa que acompanhou pouco as atuações do pai. “Eu peguei ele mais no final de carreira, quando o jogador muda muito de clube. Eu lembro da gente em Nova Iorque, quando ele atuava no Cosmos, mas minha lembrança melhor foi quando ele atuou no Corinthians de Presidente Prudente”, confessou. “Eu trabalhei com meu pai de auxiliar -técnico no Jabaquara - e pude aprender muito com ele.”

Atletas - Com 23 anos, o volante Bruno Martins só viu Lino atuar em vídeos e procura se espelhar no pai para conseguir chegar em clubes grandes, como o ex-jogador atuou.

- Meu pai sempre me mostra o vídeo da final de 84 entre Santos e Corinthians. Existe a comparação com ele, mas meu pai sempre procura me dar conselhos. Eu quero fazer história no Paulista e poder chegar longe no futebol”, disse Bruno Martins, que começou na categorias do Santos aos 11, curiosamente levado ao Peixe pelo pai de Aarão Alves.

No Santos, ele chegou a disputar o Brasileirão de 2005, mas deixou o clube por, segundo ele, ser filho de Lino. “Meu pai trabalhava no clube e era complicado ele negociar meu contrato lá com os dirigentes. Ele não podia tratar disso. Eu fiquei bravo uma época com algumas coisas e resolvi sair”, revelou ele, que passou por Cascavel-PR, Juventude-MT e Nacional da Capital.

O único que não gosta muito de falar sobre seu pai é Josimar Júnior. Ele ficou sem falar e sem saber o paradeiro de ex-jogador dos dois anos até aos 13 anos. O reencontro foi promovido pelo programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, em 2003, quando Júnior jogava nas categorias de base do Botafogo.

- Eu perdoei ele e temos uma boa relação. Mas meu objetivo é sair da sombra dele e galgar meu espaço sozinho no mundo do futebol. Eu quero mostrar que tenho condições de disputar o Estadual do ano que vem - afirmou ele.

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