domingo, 20 de janeiro de 2008

A realidade salarial no Interior

Enquanto os clubes grandes do futebol paulista pagam salários fora da realidade brasileira para os seus treinadores, com quantias estratosféricas como as recebidas por Vanderlei Luxemburgo (R$ 500 mil mensais no Palmeiras), a política financeira nos pequenos clubes é totalmente diferente. Veja a situação do treinador Márcio Ribeiro, que está comandando o Bandeirante, de Birigui, na Série A-2 (Segunda Divisão).
No final do ano passado, Márcio Ribeiro foi contratado para trabalhar no Taubaté, que vai disputar a Série A-3 (Terceira Divisão), por uma quantia de R$ 3 mil mensais. O trabalho visando a disputa do Campeonato Paulista da A-3 estava sendo realizado no Vale do Paraíba, quando uma proposta de trabalho foi feita pelo Bandeirante.
De imediato, Márcio Ribeiro afirmou que pretendia cumprir o seu contrato com o Taubaté. Mas, a diretoria do Bandeirante, tomou conhecimento do salário do treinador e fez uma proposta tentadora. Pagaria o triplo, ou seja, R$ 9 mil.
Márcio Ribeiro entrou em contato com a diretoria do Taubaté, que não tinha condições de cobrir a proposta do Bandeirante, rescindiu o contrato e se mandou para Birigui. E a justificativa não poderia ser outra:
"Os dirigentes do Birigui começaram oferecendo o dobro do meu salário no Taubaté. Depois, eles passaram a oferecer 7, 8 e chegaram aos 9 mil. Não tive como recusar" - afirmou o treinador, que agora ficará com os bolsos cheios na Segunda Divisão.

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